Quando
funciona bem, a sociedade nos negócios é produtiva, eficiente e
agradável. Quando, porém, fracassa, uma ou mais partes envolvidas sofre
grande estresse mental e emocional. Como qualquer outro fracasso no
âmbito profissional pode ter efeito devastador.
Exemplo
disso foi meu amigo Don. A relação com o sócio que já fora próspera e
positiva, começou a deteriorar-se por causa de diferenças de valores e
princípios sobre como conduzir o trato diário com clientes e
fornecedores e a sociedade chegou ao fim de forma lastimável. Don teve
grandes perdas financeiras.
Além
do desapontamento pela perda de um relacionamento que fora tão
promissor, o impacto financeiro intensificou o sentimento de fracasso e
frustração. A reação comum e compreensível é o sentimento de amargura e
traição. Entretanto, Don escolheu adotar uma ação evasiva imediata.
Em
vez de permitir que uma “raiz de amargura” destruísse o que restara de
relacionamento com o ex-sócio, ele decidiu se empenhar por uma solução
pacífica. Ele não tomou essa decisão apenas por causa do ex-sócio, mas
em seu próprio benefício. Ele admitiu para mim: “Quando me sinto
ofendido, sou levado a me fechar para outras pessoas. Não quero que esta
situação arruíne outros relacionamentos.”
A Bíblia fala desta realidade em Hebreus 12.14-15: “Esforcem-se
para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém
verá o Senhor. Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus; que
nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando
muitos”.
Amargura
é destrutiva e age do mesmo modo que o câncer no corpo humano. Se a
deixarmos crescer sem controle, destruirá a nós mesmos e a todos que
cruzarem nosso caminho. É preciso lidar com ela da mesma maneira como
extirpamos um tumor canceroso, removendo-o antes que possa causar danos
irreparáveis.
Jesus ensinou como devemos reagir quando tratados injustamente: “Vocês
ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente’. Mas Eu lhes
digo: Não resistam ao perverso. Se alguém o ferir na face direita,
ofereça-lhe também a outra. E se alguém quiser processá-lo e tirar-lhe a
túnica, deixe que leve também a capa” (Mateus 5.38-40).
Podemos
argumentar: Sim, mas depois de tudo o que fizeram comigo, não posso
deixar de reagir de alguma maneira. Jesus ensinou que este “de alguma maneira”,
não deve ser punir ou buscar vingança, mas perdoar, mesmo quando o
perdão não é merecido ou pedido. Perdoar e seguir em frente resulta mais
em nosso próprio benefício do que em benefício daqueles que nos
causaram danos.
Sem
dúvida que negócios que acabam mal podem causam amargura. Mas pela
graça de Deus, e em nossa busca pela paz, a amargura não deve
progredir.
Por Rick Boxx